Agronegócio combina com sustentabilidade?

Até 2050 a população mundial deverá chegar a 9,7 bilhões, segundo indicam projeções da Organização das Nações Unidas (ONU). Ou seja, serão quase 2 bilhões a mais de pessoas em relação aos números de hoje, refletindo em maior demanda por uma série de recursos, como água potável, energia e comida, mas será que o agronegócio combina com sustentabilidade?

 

Para atender a necessidade crescente por alimentos com o menor impacto possível sobre os recursos naturais, o agronegócio deve cada vez mais caminhar junto a sustentabilidade. Nesse percurso, o Brasil tem colhido resultados que podem contribuir com todo o mundo. Quer saber como? Confira alguns exemplos:

 

Eficiência no uso da terra

 

• Segundo informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a produtividade alcançada em campo já é uma experiência bem-sucedida do principal indicador da modernização da agricultura brasileira. “Em cada hectare se produz hoje três vezes mais grãos do que em 1975”.

• Conforme a Embrapa, a intensificação ajudou o Brasil a ter, atualmente, 66% de suas terras cobertas por vegetação nativa. Nesse percentual estão incluídas terras indígenas, unidades de conservação, áreas em propriedades privadas separadas em função da legislação ambiental, e vegetação nativa em terras não cadastradas.

• Também de acordo com informações da Embrapa, as lavouras e florestas plantadas ocupam 9% do território nacional.

• Já as pastagens plantadas cobrem 13%, e as pastagens naturais correspondem a 8% da área total do país, conforme dados da empresa.

• Assim, segundo o levantamento da Embrapa, que utiliza dados de maio de 2017, a agricultura e pecuária ocupam, somados, 30% das terras do Brasil.

 

Legislação contribui para modelo sustentável

 

• O Código Florestal brasileiro (Lei 12.651, de 25 de maio de 2012) estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação nativa, a exploração florestal, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos.

• A aplicação do Código Florestal está inserida na estrutura jurídica e em instrumentos legais que orientam e disciplinam o uso da terra e a conservação dos recursos naturais no Brasil.

• O Código Florestal brasileiro instituiu o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que é um sistema de registro eletrônico de abrangência nacional. O CAR reúne informações das propriedades e posses rurais compondo uma base de dados para o controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. Vale lembrar que, conforme a Lei 12.651/2012, o cadastramento de todos os imóveis rurais do país é obrigatório.

• O Programa de Regularização Ambiental (PRA), também previsto na Lei 12.651/2012, com normas gerais dispostas no Decreto no 7.830/2012, contempla ainda um conjunto de ações a serem desenvolvidas pelos proprietários e posseiros rurais para promover a regularização ambiental de suas propriedades ou posses.

• Em outra frente, entre estratégias de agricultura sustentável desenvolvidas no país está o Plano ABC, voltado à Agricultura de Baixa Emissão de Carbono. A iniciativa reúne programas que visam, por exemplo: recuperar pastagens degradadas, a integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) e sistemas agroflorestais (SAFs), o plantio direto, além de ações de adaptação às mudanças climáticas.

 

Perspectivas para o agro brasileiro

 

• Segundo a Embrapa, entre as potências mundiais produtoras de alimentos, fibras e biocombustíveis, o Brasil é um dos poucos países que concilia a possibilidade de expandir suas fronteiras agrícolas preservando os remanescentes naturais.

• A incorporação de áreas degradadas, abandonadas ou subutilizadas, com aumento de produtividade e com integrações de produção vegetal e animal são fatores que justificam essa possibilidade de expansão no país, segundo a empresa.

• Na publicação “Visão 2030: o futuro da agricultura brasileira”, a Embrapa destaca que a crescente preocupação ambiental tem demandado dos cientistas, do setor produtivo e do setor público o desenvolvimento de sistemas de produção “mais sistêmicos, resilientes, sustentáveis e de baixa emissão de gases de efeito estufa (GEE)”. Segundo a empresa, essas perspectivas consolidam “a megatendência de intensificação e sustentabilidade da produção agropecuária”.

 

Afinal, agronegócio combina com sustentabilidade?

 

Sim, a Embrapa afirma que com ações inovadoras e estudos envolvendo análises de paisagens, biomas, tanto no Brasil quanto no mundo, deverão se intensificar. A tecnologia no campo será cada vez mais necessária e desafiadora, bem como a integração e diversificação de dados para controle e gestão. A compreensão desses processos se tornará cada vez mais relevante para o planejamento e a tomada de decisão, tanto na esfera pública quanto privada. E isso vêm de encontro com o que fazemos na Agrocontar. Com mais de 20 anos de história nos especializamos no agronegócio e sempre buscamos maneiras de inovarmos na contabilidade, apoiados à tecnologia para entregar informações com agilidade e segurança.

 

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