Como o clima impacta o Agro? Enchentes no RS prejudicam cultivo no estado, que é o maior produtor de arroz no país

As recentes enchentes no Rio Grande do Sul, um estado crucial para o agronegócio brasileiro, ilustram como o clima impacta o setor. Chuvas intensas causaram mortes de animais, perda de lavouras e danos à semeadura de pastagens de inverno. 

Antes das enchentes, o IBGE previa um aumento significativo na produção agrícola do estado, que é responsável por 70% do arroz nacional e possui grande relevância na produção de soja, milho, aves, suínos, ovos e leite. Contudo, a magnitude dos danos ainda não está totalmente quantificada.

Regiões diferentes do estado sofreram de maneiras distintas. No litoral, as lavouras de soja foram severamente afetadas e silos de arroz foram alagados, mas grande parte do arroz já havia sido colhido, mitigando um pouco o impacto. A região central perdeu praticamente toda a colheita, além de maquinário e animais. No norte, os danos à infraestrutura complicaram o escoamento de produtos e a chegada de ração.

Mesmo com a severidade dos danos, a Farsul e Emater-RS acreditam que não haverá grandes impactos no abastecimento nacional de alimentos, exceto possivelmente no arroz e carne de frango a curto prazo. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reuniu-se com sindicatos para discutir medidas de apoio, enquanto a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz foi anunciada para evitar aumento de preços.

 

Responsabilidade no agronegócio: como equilibrar a produção rural com a preservação ambiental para evitar prejuízos futuros?

A devastação da natureza e as mudanças climáticas se aceleraram tanto nos últimos anos que a discussão já não se foca no futuro, mas nas emergências ambientais presentes. A contínua degradação dos recursos naturais coloca em risco não apenas a sustentabilidade ambiental, mas também a viabilidade econômica e social do agronegócio. Para mitigar esses efeitos, é imperativo implementar políticas públicas e práticas agrícolas que priorizem a conservação dos recursos naturais e a resiliência climática.

Nesse contexto, a agricultura familiar emerge como uma alternativa viável e necessária para promover uma produção agropecuária sustentável e inclusiva. A agricultura familiar, com seu foco em práticas mais diversificadas e sustentáveis, pode ajudar a preservar a biodiversidade, melhorar a gestão dos solos e garantir a segurança alimentar. 

Além de sua importância ambiental, ela desempenha um papel crucial na manutenção das comunidades rurais, gerando emprego e renda. É fundamental apoiar e fortalecer a agricultura familiar através de políticas específicas, crédito facilitado e assistência técnica, criando assim um modelo de desenvolvimento rural que respeite e preserve os bens naturais, garantindo soberania alimentar e sustentabilidade a longo prazo.

 

Mudanças climáticas e estratégias para o seu Agronegócio em tempos de crise: prevenção é a melhor saída

O setor agropecuário gaúcho já enfrentava desafios ambientais devido às mudanças climáticas, que têm intensificado eventos extremos. Esses desafios destacam a necessidade de políticas agrícolas adaptativas e de investimentos em sustentabilidade. A recente tragédia sublinha a vulnerabilidade do setor a desastres climáticos, reforçando a urgência de uma agenda de proteção ambiental e de resiliência no agronegócio brasileiro.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) tem sido uma voz ativa na defesa dos interesses dos produtores rurais. Recentemente, a entidade publicou um documento que enfatiza a necessidade de aumentar os recursos para o seguro rural e propõe medidas como a ampliação das linhas de investimento e a regulamentação da lei que instituiu o Fundo de Catástrofe. Essas medidas são cruciais para preparar o setor para enfrentar eventos climáticos extremos como as enchentes no Rio Grande do Sul.

Além disso, a CNA destaca a importância de reavaliar os instrumentos políticos agrícolas diante dos desafios climáticos e de mercado. A entidade propôs dez pontos prioritários para o desenvolvimento sustentável do agronegócio, reforçando a necessidade de políticas públicas que garantam a segurança alimentar e a sustentabilidade ambiental. Entre as propostas, está a melhoria dos agroindicadores, que refletem a situação e as tendências do setor agropecuário brasileiro.

Além da solidariedade coletiva e do papel ativo do governo, como é a proposta da CNA com o Fundo catástrofe, em momentos de crise, como o enfrentado pelo Rio Grande do Sul, o papel de uma contabilidade especializada é fundamental. Profissionais contábeis podem auxiliar na reestruturação financeira das propriedades, ajudar na obtenção de crédito e garantir a conformidade com novas regulamentações. 

A contabilidade especializada pode ser a chave para a recuperação e sustentabilidade do setor, oferecendo soluções estratégicas que vão além do simples controle de despesas, mas que também incluem planejamento e suporte em decisões cruciais para o futuro do agronegócio. 

 

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